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10 de julho de 2018

A história de Tura Satana: de artista burlesca a ícone do cinema cult!

Tura Satana já era bad girl antes mesmo do termo existir. Isso numa época onde ter esse tipo de imagem era algo extremamente negativo, uma ofensa. Mas assumiu o papel de mulher que dominava sua própria vida, não se comportando com a delicadeza e fragilidade que o período pedia, pelo contrário, exacerbava seu instinto agressivo, na maioria das vezes exibindo pela força física. E haja força, pois passou por muitos altos e baixos!


Tura Yamaguchi nasceu em 10 de Julho de 1938, em Hokkaido, no Japão. Descendia de filipinos pelo lado paterno e uma mistura de indígenas e escocês pela mãe. Aos quatro anos sua família muda-se para os Estados Unidos onde depois se estabelece em Chicago. Criada num bairro pobre, seria uma fase superdifícil onde o sentimento anti-asiático predominava, o que a levou a sofrer muito bullying na escola. Quando estava próxima de completar 10 anos, sofreu um estupro coletivo de uma gangue de adolescentes. Seria depois desse episódio que seu pai a ensinaria artes marciais, como aikido e karatê.


Com apenas 13 anos, seus pais a casariam com John Satana, um amigo da família, só que duraria pouco tempo. Precoce e com o corpo já desenvolvido, Tura faria uma identidade falsa e começaria a trabalhar posando em trajes de banho como modelo e chegando a aparecer nua em um filme. Mas foi na carreira como dançarina exótica que inicia-se o destaque, conhecida pelo nome de 'Galatea, a Estátua que Ganhou Vida', virou stripper e viajava pelos Estados Unidos fazendo seu show burlesco de clube em clube. Tornou-se uma superestrela da arte, chegou a ser eleita uma das 10 melhores dançarinas burlescas do século 20. 


Através da dança que Tura recebe diversos convites para estrelar programas de TV e filme. Participou de uma série chamada 'Hawaiian Eye', em shows como 'The Man From UNCLE' e também nos filmes 'Irma La Douce' e 'Who's Been Sleeping in My Bed?', ambos de 1963. Suas apresentações burlescas integravam acrobacias, arte marcial e bastante humor. Numa entrevista, revela como as pessoas iam a loucura quando ela girava os tassels um para cada lado e um de cada vez. Esses movimentos são muito comuns em shows burlescos atuais, mas na sua época foi uma atitude precursora! Em uma das sessões no clube Pink Pussycat, acaba conhecendo Russ Meyer, o diretor de "Faster, Pussycat! Kill, Kill!", longa que a imortalizaria no cinema. 



Lançado em 1965, o filme inicia-se com Tura, sua amiga Haji (Rosie) e Lori Williams (Billie) dançando enlouquecidamente. Logo surge Varla, sua personagem, uma femme fatale sexualmente agressiva, que provocava e encarava a todos com sua habilidade em artes marciais. O figurino era polêmico: blusa e calça justíssimas, um enorme decote V, cintura alta marcada ainda mais com cinto e bota cano longo. Da cabeça aos pés o visual era todo preto. Além da famosa franja Pin-Up e o delineado preto. Tura contou que sofreu pois as gravações eram no deserto e estava superquente. Como era de se esperar, o filme não foi bem recebido. "Você tem que lembrar que isso foi durante o período do amor no mundo, a violência de Varla não era aceita", diz Tura. As críticas foram tão ruins, que as atrizes seriam aconselhadas a retirar o trabalho dos seus currículos. 



"Querida, nós não gostamos de tanta ternura, tudo o que a gente faz é pesado." - Rosie.

No final da década de 1970 e início de 80, Tura descobre a existência de um fanclube mundial de Varla. Nesse momento, tanto a personagem quanto o longa passam a serem considerados cults e com fãs espalhados pelo mundo. Tura vira uma estrela de filmes lado B. Depois de Pussycat apareceria em mais dois, The Astro-Zombies (1968) e The Doll Squad (1973), sendo o último referência para Charlie's Angels. Após a filmagem, é hospitalizada depois que toma um tiro de um ex-namorado. 

No filme Irma La Dolce

Desiste da carreira no cinema e de dançarina burlesca, passando a trabalhar como enfermeira durante quatro anos num hospital. Depois trabalhou no Departamento de Polícia de Los Angeles como operadora de rádio. Em 1981, casou-se com o ex-policial Endel Jurman da qual viveria até seu falecimento. No mesmo ano, sofre um grave acidente de carro que a deixaria com problemas na coluna e nos próximos dois anos fazendo quase quinze cirurgias. 

Apesar de afastada dos cinemas, Tura mantém seu reconhecimento no underground, então vira empresária registrando sua própria imagem e assim vendendo produtos de merchandising, como camisetas, virando desenho em quadrinhos, máscaras de Halloween. Era frequentemente convidada para participar de convenções de filmes lado B e para jurada de eventos burlescos. No dia 04 de Fevereiro de 2011, falece aos 72 anos deixando duas filhas, Kalani e Jade, e seu legado nas subculturas com seu icônico estilo e supercopiado entre as Pin-Ups e demais admiradoras!

Curiosidades

- Tura usou até o fim o famoso look preto, junto com o delineado gatinho que acentuava seu olho asiático e o longo cabelo preto com franja Pin-Up. As longas unhas ovais pintadas de vermelho também eram uma marca.


- Tura chegou a ser noiva de Elvis Presley! Morando em Los Angeles, conheceu o astro com apenas 16 anos numa noite descontraída na praia, onde ficaram conversando até o sol raiar. Tura conta que só voltaram a se ver depois de meses e os encontros eram secretos por causa do Colonel Tom. Elvis era muito tímido e o teria ensinado a dar beijo francês e até certas práticas sexuais. Mesmo não tendo se casado, ela ficou com o anel de noivado.

- Nos anos 90, havia uma banda de metal chamada Tura Satana, mas que depois trocou o nome por questões legais. Na década de 80, outra banda que se influenciou pelo filme de Russ Meyer foi o grupo de hard rock Faster Pussycat. 

- Referência ou não, o estilo de Tura é visto na cena hard rock e metal dos anos 80. Amy Winehouse também teria um quê de semelhança quando a atriz usou o famoso beehive com olhos delineados de gatinho.


- Madonna também se inspirou na personagem Varla para o clipe 'Girl Gone Wild' de 2012. Dita von Teese, que é superfã de Tura, ficou feliz com a homenagem da cantora.



- Antes de falecer, Tura tinha o sonho de lançar sua biografia e documentário. Como não deu tempo, seu amigo e diretor Cody Jarret mobilizou uma campanha de financiamento e conseguiu angariar o valor em 2017, para que o trabalho seja enfim realizado! Essa é mais uma prova de que a cena alternativa consegue se mobilizar para manter o legado de pessoas importantes e não deixar sua cultura desaparecer. 


Espero que tenham gostado de conhecer a história de Tura!




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Direitos autorais:
Artigo original do blog Moda de Subculturas, escrito por Sana Mendonça e Lauren Scheffel. 
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29 de outubro de 2016

Pinup Girl Clothing: coleção inspirada em Wanda Woodward (filme Cry Baby), ícone da cultura retrô

Recentemente a loja Pinup Girl Clothing lançou uma coleção em colaboração com uma das ícones da cultura alternativa: Traci Lords que interpreta a personagem Wanda Woodward no filme Cry Baby. Obra que tem fãs em diversas subculturas e inspira meninas amantes do retrô ao redor do mundo.


O convite veio da proprietária da loja, ao observar que tanto a personagem de Traci Lords quanto a Pinup Girl Clothing tem a mesma base de fãs. A personagem acabou se tornando um ícone pra três subculturas: rockabilly, punk e pinup. Para garotas que buscam empoderamento e referências femininas fortes, Wanda é a típica bad ass girl, ou seja,  atrevida e de muita atitude, uma rebelde!
A coleção não é exatamente baseada no figurino de Wanda, embora hajam peças bem semelhantes à do filme, a inspiração foi mesmo na moda juvenil da década de 1950. 

misfit delinquenyretro fashion
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As peças são simples e  de uso diário, nada muito elaborado, tudo bem usável. Lords destaca que as peças não foram feiras somente pra mulheres de 20 anos mas para todas as idades. A atriz tem 48 anos e acredita que as mulheres de sua idade ganham um ar cool, elegante e sexy com as peças que, como prega o conceito da marca, se adequam a variados os tipos de corpos

Camiseta com a famosa frase "Beat it, creep", algo como "cai fora, imbecil"

"Querida, você precisa de um visual novo"

Quando o Rock n´ Roll surgiu, todos que escutavam aquele som eram considerados perigosos, subversivos e até mesmo obscenos. Era comum a formação de pequenos grupos de jovens fãs de rock, as gangs. E claro, pro ideal de sociedade perfeita da década de 1950, os que aderiam à esta subcultura eram mal vistos e podiam até ser expulsos de casa pelos pais. Era uma vergonha ter um rocker dentro de casa, uma humilhação social. O filme Cry Baby retrata esta época - como boa comédia que também faz crítica social.

 The Drapes, a gang de Cry Baby
the drapes gang

O filme lançado em 1990, foi dirigido por John Waters - o mesmo de Pink Flamingos, que também é referência em subculturas e que resenhamos [aqui]. O diretor costuma ter uma abordagem transgressiva em seus trabalhos que comumente trazem personagens subversivos e, no caso de Cry Baby, rebeldes.


No filme é possível ver direitinho a divisão social entre as pessoas "normais", chamados de "os quadrados" e "gente de bem" e os jovens fora do padrão. Walters costuma chamar para atuar os atores que fogem do socialmente aceitável em termos de beleza e comportamento Hollywoodiano, no caso de Traci Lords, a artista tinha uma péssima reputação na América naquela época.

Wanda Woodward, como já é de se imaginar é uma delinquente juvenil que faz parte da gang e da banda de Cry Baby, interpretado por Johnny Depp.

filme movie

Com um festival de personagens bizarros incrivelmente divertidos, o filme tem participação de Iggy Pop interpretando o personagem Belvedere Rickettes, marido da avó de Cry Baby. Avó esta que se chama Ramona, ambos moram numa casa de paredes vermelhas decorada com teias de aranha e caveiras em todos os ambientes.



Para lançar a coleção, Traci Lords fez questão de cortar uma franjinha Pinup (Bettie Bangs, postagem aqui) igual à de Wanda
Abaixo uma comparação do visual atual e uma cena do filme.

Lords usou um vestido inspirado no de Wanda quando se encontrou com John Walters no festival Burguer Boogloo; à direita com Laura Byrnes da Pinup Girl Clothing.


A estampa faz referência à personagem e ao enredo de Cry Baby.
print pinup girl clothing collection

 Os desajustados adolescentes de visual rocker



E vocês, o que acharam da coleção inspirada na Wanda Woodward? 
Gostam do filme Cry Baby?






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22 de maio de 2016

Os 20 anos do filme Jovens Bruxas (The Craft)

Neste ano o filme Jovens Bruxas (The Craft) comemora 20 anos. Embora não tão conhecido pela nova geração, quem está na faixa dos 30 anos deve ter assistido na época de lançamento ou em reprises. O filme foi lançado em 1996 e contava com Neve Campbell (Bonnie) e Fairuza Balk (Nancy) duas atrizes que estavam se destacando em filmes adolescentes. Completam o elenco Robin Tunney (Sarah) e Rachel True (Rochelle).



Traduzido como "Jovens Bruxas", o título original é "The Craft", esta é uma das denominações da bruxaria entre seus praticantes. A década de 1990 foi quando a Wicca se tornou popular e mais aceita como uma religião estabelecida, pessoas começaram a finalmente ter orgulho de se assumirem pagãos após décadas tendo que se esconder devido ao preconceito.
Assim, a prática vai ganhando jovens adeptas e por conta do interesse das adolescentes, muitos covens proibiram menores de 18 anos. Esses adolescentes procuram então os livros pra se informar, sendo "O Guia Essencial da Bruxa Solitária" de Scott Cunningham um dos mais populares. O mainstream se interessa pelo tema, com diversas lojas comercializando produtos, de pentagramas à livros das sombras. Ao mesmo tempo haviam equívocos sobre a prática, como os que diziam que wicca e satanismo são interligados - não são.

Jovens Bruxas não é um grande filme, mas tem seus momentos. E parte disso se dá porque a Sacerdotisa Pat Devin foi consultada para dar mais veracidade à trama, incluindo as cenas dos rituais. Uma coisa que não é real é "Manon", a deidade que elas invocam nos rituais.



A história (pode conter spoilers)
Na história temos quatro adolescentes, cada uma com um problema pessoal que as fazem se sentir angustiadas. Todas elas passam por bullying e procuram na bruxaria um modo de tentar fugir desses problemas.
Temos Nancy, Bonnie e Rochelle que estudam juntas. Nancy sofre em um lar superviolento, com um padrasto alcoólatra e uma mãe passiva, ela tem um relacionamento tóxico com as amigas; Bonnie tem um grave problema de pele que deixa cicatrizes grandes, grossas e feias que a fazem se esconder em roupas fechadas; Rochelle sofre bullying por ser negra e ter cabelos cacheados. Assumidamente bruxas, para unir os quatro elementos, elas precisam de mais uma menina no coven e é aí que a nova aluna, Sarah, aparece. Sarah veio de outra cidade, onde já tinha tentado suicídio cortando os pulsos devido ao bullying e os problemas que causava com seus poderes telecinéticos.


Numa das aulas, Sarah demonstra seu poder de telecinese sendo observada por Bonnie que convence as outras de que a nova aluna era o elemento que faltava. Receosa, Sarah se junta ao grupo e as quatro meninas vão à loja de uma bruxa, onde a mesma percebe que Sarah é uma bruxa natural, seu poder vem de dentro naturalmente. Isso provoca inveja de Nancy, pois a obsessão desta era ter muito poder. 


Mulheres costumam ser vistas como delicadas e fracas. Na cena em que o motorista de ônibus diz: "cuidado com os estranhos" e Nancy responde "nós somos os estranhos", vemos que mulheres podem também ser "poderosas e perigosas" além das aparências delicadas. Haja visto que crianças no ônibus as olhavam com certo medo e curiosidade por elas apresentarem uma atitude diferente das outras presentes.


A partir daí, as quatro passam a fazer rituais visando atingirem seus objetivos. E é daqui que jogo alguns pontos de observação sobre A Arte:
Na Wicca existe um código moral simples e benevolente que é o seguinte: "sem prejudicar ninguém, realize sua vontade". Em outras palavras: você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém - nem mesmo você! Essa é a famosa Lei de Três, que se aplica sempre que você faz alguma coisa, boa ou má. Não que você será "castigada" por um ato mau, porém, quando você envia uma energia, o curso natural dela é voltar à você. Assim, caso envie algo negativo, essa força fará seu caminho, se fortificando e retornará. 


"magia é acreditar, magia é como natureza, o bem e o mal estão no coração da deusa"

Elas também fazem feitiço manipulativo, um tipo de feitiço que bruxas experientes não indicam, mas que novatos procuram. Esse tipo de feitiço é perigoso porque interfere no livre arbítrio, um direito primordial das pessoas. Num feitiço manipulativo de amor, como o feito por Sarah, interfere-se na vontade do outro, sendo comum o enfeitiçado virar um "zumbi", ou seja, uma pessoa completamente dominada pelo enfeitiçador.
Nancy deseja "todo o poder de Manon" (Manon é um Deus fictício) e assim recebe, mas usa para o mal todo esse poder que recebeu.


Bonnie pede pelo fim de suas cicatrizes e Rochelle castiga a moça racista. Tudo passa a correr como elas desejam. Elas se sentem fortes e empoderadas.


No decorrer do filme, vemos as consequências ruins que todas sofrem por terem feito escolha pela magia "do mal" e pela manipulativa. Elas mexeram com o equilíbrio e as coisas estão retornando em triplo.


Quando Sarah, a bruxa natural, percebe o quanto erraram, se arrepende e passa a reverter os feitiços, o que irrita as colegas. E é aí que acontece o clássico embate entre o bem (Sarah) e o mal (Nancy), entre o poder natural e telecinético de Sarah e o poder adquirido para o mal e manipulativo de Nancy.


Jovens Bruxas não é apenas um filme bobo de sessão da tarde, ele é legal pra observar como a Wicca se tornou popular entre adolescentes na década de 1990, trás um figurino que mostra a mistura entre mainstream + rock n roll/punk/gótico, ilustra como algumas pessoas que têm dons naturalmente mágicos podem canalizar para o bem ou para o mal e sofrer suas consequências e outra coisa que ainda é atual: jovens que sofrem por serem diferentes da regra e buscam por aceitação. No caso delas, buscaram a autoestima através da magia para que as curasse de seus problemas físicos e emocionais, para que parassem de se autoculpar e se autodestruir. 

Nancy é o perfeito exemplo de Bad Girl dos anos 90.
Uma curiosidade é que Fairuza Balk era wicanna na vida real.


Sobre o visual: uma vez contei aqui no blog que na década de 1990, os alternativos não usavam só roupa preta o tempo todo, usavam roupas com cores ou cores + preto. Um visual todo preto era reservado à góticos, uma certa linha do metal ou do punk e por quem queria chocar. A gente vê isso no filme. Embora praticantes de Wicca, apenas a Nancy é fortemente percebida como uma gothic-rocker que usa preto o tempo todo, as outras meninas usam moda mainstream normal com pinceladas alternativas relacionada à magia ou em cenas especificas como a que as quatro usam preto e branco numa desconstrução dos uniformes - usando chokers e batons escuros - ou nas cenas de rituais onde ao menos uma peça preta é usada por todas. As meias pretas até as coxas também eram moda na época assim como as gargantilhas, saias longas retas e a maquiagem vamp.


Válido citar a trilha sonora super rock n roll: Heather Nova, Julianna Hatfield, Jewel, Elastica e até Letters to Cleo.

E vocês, já assistiram o filme? 
O que acharam? 



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